LEITURAS DE IRENE LISBOA
180.º ENCONTRO
Selecção de Maria José Areal
Solidão
Cai chuva, chora.
Chora, chora.
Solidão, solidão!
Já não canta o pássaro.
Calou-se a voz, a alegre, a rara.
A que se ouvia solitária.
Cai chuva.
Não sou freira e estou num convento.
A paz, o silêncio, a chuva, os claustros...
Ser freira!
O sequestro, cantar, rezar.
Cai chuva, rude e sem dor.
Tu não choras.
Sou eu que choro.
Que é do pássaro, como cantava?
Voltou, voltou. Pia!
Bendito pássaro, onde estás?
Acompanha-me, já não chove.
Solidão, melancolia.
LISBOA, Irene - Obras Irene Lisboa, Poesia I – Um Dia e Outro Dia… Outono havias de vir, 1º volume - “SOLIDÃO”. Lisboa, Editorial Presença, 1991. p. 307
180.º ENCONTRO
Selecção de Maria José Areal
Cai chuva, chora.
Chora, chora.
Solidão, solidão!
Já não canta o pássaro.
Calou-se a voz, a alegre, a rara.
A que se ouvia solitária.
Cai chuva.
Não sou freira e estou num convento.
A paz, o silêncio, a chuva, os claustros...
Ser freira!
O sequestro, cantar, rezar.
Cai chuva, rude e sem dor.
Tu não choras.
Sou eu que choro.
Que é do pássaro, como cantava?
Voltou, voltou. Pia!
Bendito pássaro, onde estás?
Acompanha-me, já não chove.
Solidão, melancolia.
LISBOA, Irene - Obras Irene Lisboa, Poesia I – Um Dia e Outro Dia… Outono havias de vir, 1º volume - “SOLIDÃO”. Lisboa, Editorial Presença, 1991. p. 307
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