Lançamento do livro "Poesia Fragmentada: fragmentos de um jovem poeta" de Leandro de Freitas

No dia 9 de Agosto de 2019, fomos honrados com o lançamento do primeiro livro de Leandro Pereira de Freitas, autor cerveirense que "escreveu o seu primeiro poema com quinze anos e desde então, faz da poesia a sua forma de viver. Participou no II Concurso Literário Edições Viera da Silva, conquistando o terceiro lugar. Estudante do décimo segundo ano na Escola Básica e Secundária de Vila Nova de Cerveira no Curso de Ciências e tecnologia".
Num momento emotivo, Leandro foi acarinhado por todos os que tiveram imenso gosto em participar nesta sessão, com apresentação de Helena Mendes Pereira, leitura de poemas por Francisco Neves, moderada por Aurora Viães, Vereadora do Município de Vila Nova de Cerveira.

Sinopse:
A adolescência é disfórica
em pensamento e sensações!
É estar dividido entre o querer e o não querer.
É o viver incansavelmente, ou o desejar não viver por repentino cansaço. É o amor, que por milagre se concretiza, e na ausência do milagre, é no amor que não se quer concretizar, que nasce a ilusão diluída na expectativa. É a nostalgia da recente infância. É o degustar da lucidez ingénua que por vezes amarga. É o construir de sonhos que, quando em tristeza sonhados, se desmoronam. A adolescência é disfórica em sensações e pensamentos. Porém, após o acalmar da tempestade de acordes, brota, em canções, heróica, a personalidade.
É precisamente nestas dicotomia da adolescência sentidas ao instante, à flor da pele, que Leandro d'Freitas escreve o seu primeiro livro. Os seus fragmentos são vivos e reais, esculpidos no silêncio meditado, concedem luz à melodia que guarda no sei interior. Entrar na mente de um jovem, a bordo da poesia, é uma viagem que pode abrir o sorriso ou morder a boca...
Uma edição Chiado Books, coleção Prazeres Poéticos

Um poema:
PORQUE É QUE BRINCO DE POETA?

Porque é que rabisco as tiras
Das árvores que morreram
Em prol deste meu fidalgo
Prazer?

Porque é que o que penso
Escrevo e depois de o escrever
Volto a pensá-lo?

Porque é que escolhi esta
Forma de expressão chamada
Poesia, ao invés do conto,
Do romance?

Rabisco, pois o traço impreciso
Revela a insegurança,
Ou uma inquietude
Oculta, do mundo que me rodeia,
Ou do meu próprio...

Vendo
De uma forma panorâmica o fruto,
Do meu consciente inconsciente,
Encontro-me e passo a conhecer
O que de mim antes me era 
Desconhecido

A poesia é o próprio fluir do pensamento,
Em forma de canção, que nos embala.
numa profunda meditação,
Que jamais acaba...

Escrever apresenta-se tão vital como
Respirar, para mim, pois concede-me
Uma companhia, um suporte,
Por entre tanta, mas tanta
Gente

Enfim, é assim que comigo passo o tempo
E pelo tempo passo em busca de um 
Suposto fim

Leandro Freitas Set. 2018

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