O "Dia Internacional da Mulher" foi o tema escolhido desta sessão, para relembrar o já passado dia 8 de Março.
Depois de uma explicação dada sobre a razão de ter sido escolhido pela ONU este dia como o "Dia Internacional da Mulher", relembrando o triste dia 8 de Março de 1857 no qual aproximadamente 130 operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque morreram queimadas dentro da fábrica, depois de fazerem uma grande greve e reivindicarem melhores condições de trabalho, tais como redução de horas de trabalho para 10 horas diárias e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho, fizemos uma pequena revisão pela história da mulher e do seu papel na sociedade, dos tempos mais remotos até aos dias de hoje, dando início desta forma à tertúlia que se exigia.
Relembraram-se com tristeza e em discurso directo tempos duros e difíceis da mulher numa sociedade patriarcal, na qual só se valorizava o trabalho do homem, realizado fora de casa e ganho em dinheiro, não dando por isso qualquer valor ao trabalho doméstico da mulher, o qual era muito duro e ao qual, na maior parte das vezes, se somava o trabalho do campo para sustento alimentar da família.
Também recordámos, da história do fascismo em Portugal, porque a memória pode ser curta!, período em que se viveu a ausência de direitos de todo o tipo da maior parte das mulheres portuguesas, naquele tempo negro anterior ao 25 de Abril, invocando leis cruéis para a maior parte das mulheres portuguesas.
Para desanuviar um pouco, porque o assunto era muito sério e o ambiente estava pesado para os homens presentes, chegou a vez deles, e só para irritar as mulheres falámos dos 12 mandamentos das mulheres, dos ditados sobre as mulheres e contámos anedotas de mulheres pensadas por homens!
Seguidamente, para equilibrar a balança, falámos das diferenças de comportamento naturais entre homens e mulheres, tendo sempre presente o aspecto físico e sensitivo presentes.
Depois, dissemos e cantámos poesia a propósito: "Mulher" de Ary dos Santos, "Porque não comemoro o dia da mulher" de autor(a) desconhecido(a), "As mulheres são fantásticas" de Carlos Drummond de Andrade, " O segredo das mulheres" de Miguel Esteves Cardoso, "O que sempre soube das mulheres" de Rui Zink, "Todos os homens são maricas quando estão com gripe" de António Lobo Antunes e "Calçada de Carriche" de António Gedeão.
Para finalizar e porque este maravilhoso grupo da "Tertúlia ao Serão" gosta muito de cantar, finalizámos todos a cantar afinados, música popular portuguesa a condizer.
A Biblioteca Municipal mais uma vez agradece a todos a vossa presença e participação.
Até à próxima, "Tertúlia ao Serão"!
Depois de uma explicação dada sobre a razão de ter sido escolhido pela ONU este dia como o "Dia Internacional da Mulher", relembrando o triste dia 8 de Março de 1857 no qual aproximadamente 130 operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque morreram queimadas dentro da fábrica, depois de fazerem uma grande greve e reivindicarem melhores condições de trabalho, tais como redução de horas de trabalho para 10 horas diárias e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho, fizemos uma pequena revisão pela história da mulher e do seu papel na sociedade, dos tempos mais remotos até aos dias de hoje, dando início desta forma à tertúlia que se exigia.
Relembraram-se com tristeza e em discurso directo tempos duros e difíceis da mulher numa sociedade patriarcal, na qual só se valorizava o trabalho do homem, realizado fora de casa e ganho em dinheiro, não dando por isso qualquer valor ao trabalho doméstico da mulher, o qual era muito duro e ao qual, na maior parte das vezes, se somava o trabalho do campo para sustento alimentar da família.
Também recordámos, da história do fascismo em Portugal, porque a memória pode ser curta!, período em que se viveu a ausência de direitos de todo o tipo da maior parte das mulheres portuguesas, naquele tempo negro anterior ao 25 de Abril, invocando leis cruéis para a maior parte das mulheres portuguesas.
Para desanuviar um pouco, porque o assunto era muito sério e o ambiente estava pesado para os homens presentes, chegou a vez deles, e só para irritar as mulheres falámos dos 12 mandamentos das mulheres, dos ditados sobre as mulheres e contámos anedotas de mulheres pensadas por homens!
Seguidamente, para equilibrar a balança, falámos das diferenças de comportamento naturais entre homens e mulheres, tendo sempre presente o aspecto físico e sensitivo presentes.
Depois, dissemos e cantámos poesia a propósito: "Mulher" de Ary dos Santos, "Porque não comemoro o dia da mulher" de autor(a) desconhecido(a), "As mulheres são fantásticas" de Carlos Drummond de Andrade, " O segredo das mulheres" de Miguel Esteves Cardoso, "O que sempre soube das mulheres" de Rui Zink, "Todos os homens são maricas quando estão com gripe" de António Lobo Antunes e "Calçada de Carriche" de António Gedeão.
Para finalizar e porque este maravilhoso grupo da "Tertúlia ao Serão" gosta muito de cantar, finalizámos todos a cantar afinados, música popular portuguesa a condizer.
A Biblioteca Municipal mais uma vez agradece a todos a vossa presença e participação.
Até à próxima, "Tertúlia ao Serão"!
MULHER, de José Carlos Ary dos Santos
“A mulher não é só casa
mulher-loiça, mulher – cama
ela é também mulher-asa,
mulher-força, mulher-chama
E é preciso dizer
dessa antiga condição
a mulher soube trazer
a cabeça e o coração
Trouxe a fábrica ao seu lar
e ordenado à cozinha
e impôs a trabalhar
a razão que sempre tinha
Trabalho não só de parto
mas também de construção
para um filho crescer farto
para um filho crescer são
A posse vai-se acabar
no tempo da liberdade
o que importa é saber estar
juntos em pé de igualdade
Desde que as coisas se tornem
naquilo que a gente quer
é igual dizer meu homem
ou dizer minha mulher”
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