Poemas de Natal 9

Poemas de Natal 9

Último Poema

É Natal, nunca estive tão só.
Nem sequer neva como nos versos
do Pessoa ou nos bosques
da Nova Inglaterra.
Deixo os olhos correr
entre o fulgor dos cravos
e os dióspiros ardendo na sombra.
Quem assim tem o verão
dentro de casa
não devia queixar-se de estar só,
não devia.

In: ‘Poesia’ de Eugénio de Andrade.

Ilustração: http://aescotilha.com.br/.../uploads/2015/12/natal-a-sos.png





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