Poemas de Natal 7
Maria e José
Debruçados sobre o berço
vão velando noite fora
pelo sono do menino
até ao nascer da aurora.
Se dormir sem sobressalto
terão noites sossegadas
e quando os dentes romperem
já não serão descansados.
Já chegaram os amigos,
que o tempo é de festejo,
Maria embala o menino
e, ao deitá-lo, dá-lhe um beijo.
José, que é carpinteiro,
deixou trabalho adiado;
tem o presépio a cargo
e não dorme descansado.
Com a madeira que talha
fez um berço tão bem feito
que o menino quando dorme
tem um soninho perfeito.
Da fonte vem a água fresquinha,
de longe alguém traz mel
que adoça a boca da noite
fechada ao amargo fel.
Quem se junta à família
que muitos dizem sagrada
acende uma vela branca
no centro da madrugada.
In: O Livro de Natal, de José Jorge Letria
Ilustração de Afonso Cruz
Debruçados sobre o berço
vão velando noite fora
pelo sono do menino
até ao nascer da aurora.
Se dormir sem sobressalto
terão noites sossegadas
e quando os dentes romperem
já não serão descansados.
Já chegaram os amigos,
que o tempo é de festejo,
Maria embala o menino
e, ao deitá-lo, dá-lhe um beijo.
José, que é carpinteiro,
deixou trabalho adiado;
tem o presépio a cargo
e não dorme descansado.
Com a madeira que talha
fez um berço tão bem feito
que o menino quando dorme
tem um soninho perfeito.
Da fonte vem a água fresquinha,
de longe alguém traz mel
que adoça a boca da noite
fechada ao amargo fel.
Quem se junta à família
que muitos dizem sagrada
acende uma vela branca
no centro da madrugada.
In: O Livro de Natal, de José Jorge Letria
Ilustração de Afonso Cruz
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