Hora do Conto "O peixe Baltazar" de Manuel Jorge Marmelo e Jorge Afonso Marmelo


Mais uma Hora do Conto fantástica aconteceu na nossa Biblioteca no dia 18 deste mês.
Miguel tinha um amigo peixe que se chamava Baltazar. Certo dia e porque teve boas notas na escola, pediu mais um peixe aos pais para fazer companhia ao Baltazar que andava um pouco triste. E assim foi. Mas em vez de um peixe, era uma "peixa" e então, o Miguel que já tinha escolhido o nome para o peixe, teve que escolher outro nome e passou a chamar-se Catarina!

No princípio, parece que nada se passava entre os dois e Miguel andava intrigado e perguntava a si próprio : - será que os peixes namoram? Então passou a vigiá-los de perto... mas, nada! Só nadavam, nadavam de um lado para o outro e nem sequer davam beijinhos como fazem as pessoas quando namoram. Depois de muitos pensamentos que lhe vieram à cabeça sobre a comportamento do homem em relação ao dos peixes, achou aquilo tudo muito esquisito e até perguntou à mãe se os peixes não davam beijinhos e nao tinham filhos como as pessoas. A mãe respondeu-lhe que não davam beijinhos mas que punham ovos na água e que depois de os dois ovos se juntarem,  passado algum tempo nasciam os peixes bebés! Que estranho, pensou Miguel.

Certo dia, quando Miguel ia dar os bons dias aos seus amigos como sempre fazia, teve a experiência mais dura da sua vida. Claro que aquilo teria que acontecer mais dia menos dia até porque os peixes de aquário são muito frágeis e basta uma pequena alteração na temperatura da água para que isto aconteça. Na água do aquário e a boiar de olhos esbugalhados, estavam mortos, Baltazar e Catarina! Miguel ficou a olhar para eles tempo sem fim,com os olhos turvos das lágrimas que lhe surgiam. Realmente foi um pouco cedo, mas aconteceu. Nem sequer namoraram, pensava ele.

Mas, quando Miguel olhava bem na água do aquário a tentar perceber porque teriam morrido tão cedo e viu bem escondidinhos lá no fundo, os ovos que os dois deixaram prontinhos... um sorriso voltou a aparecer nos seus lábios e percebeu finalmente, que devemos sempre encarar a morte como um acontecimento tão natural como a vida!






 Ah... mas não sabem da melhor: os peixes bebés eram tantos e tantos, que o Miguel não tinha onde os pôr e resolveu telefonar para a nossa biblioteca a pedir para tomarmos conta de alguns  peixinhos bebés. E assim foi: a biblioteca construiu muitos aquários que todos os meninos presentes pintaram e enfeitaram e, por fim, escolheram três peixinhos cada um,  para viverem no seu aquário!













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